Estratégia

CHEGOU A HORA DE PLANEJAR 2019!

Como em todos os anos, há gestores que deixam para desenvolver o planejamento estratégico da sua empresa ou do setor que lidera na última hora. Estratégia não é um assunto ligado apenas às grandes empresas! Todo empreendedor tem o seu plano estratégico, seja ele formal ou informal. O que diferencia o plano das grandes corporações para o das pequenas e médias empresas é, basicamente, o fato de nas grandes empresas todos os empregados terem sua quota de responsabilidade no cumprimento do plano. Portanto, a responsabilidade não deve estar associada apenas ao dono ou gestor, e sim compartilhada com todos empregados, independentemente do porte da empresa!

 

O planejamento formal coopera para que todas as pontas da operação sejam amarradas e tenham coerência entre si, e que todas as pessoas tenham conhecimento de como deverão colaborar para que o resultado geral seja alcançado!

 

Considerando que planejamento reduz riscos e ajuda a elevar a performance, faça-o da melhor forma possível. “É mais fácil cuidar da pressão arterial do que tratar o infarto!”

 

Evite algumas armadilhas:

 

acreditar que desempenho passado é garantia de desempenho futuro. Cada cenário deve ser analisado com as suas peculiaridades! As variáveis que fizeram de 2018 um bom ano, podem não estar presentes em 2019;

 

– analisar os concorrentes e perder de vista os próprios objetivos. É preciso conhecer bem o funcionamento do mercado e os principais concorrentes, mas ter um posicionamento próprio, valorizando os seus diferenciais competitivos e monitorando as suas fraquezas, ajuda a empresa a sempre sair na frente, seja inovando em algum produto ou processo, ou mitigando algum risco que os demais competidores não estejam vendo;

 

usar estatísticas imprecisas! É muito comum empreendedores calcularem o valor médio de várias coisas, mas só faz sentido falarmos em média, quando falamos também em desvio-padrão! Um exemplo: uma pessoa ganha 2 mil reais e a outra ganha 30 mil. O salário médio dessas duas pessoas é 16 mil reais, mas não representa a realidade de nenhum dos dois empregados, porque os valores são bem discrepantes, ou seja, possuem um alto desvio-padrão! Por isso, sempre que falarmos em média de vendas, preço médio, salário médio etc, é preciso incluir na análise, o valor do desvio padrão. O excel faz isso facilmente por meio da fórmula “=desv.padp(seleção dos dados)”, caso a conta seja para todos os dados disponíveis (populacional) e não apenas para uma amostra;

 

corrigir o orçamento anual apenas com a variação da inflação do ano anterior. Repetindo o que foi dito acima, cada período tem suas as particularidades e, não se deve considerar que o desempenho passado, seja ele bom ou ruim, se repetirá no futuro. É importante analisar cada número com a devida profundidade, sempre à luz do plano estratégico, porque o orçamento existe para garantir recursos ao time, para que o plano não fique apenas no papel e seja de fato realizado;

 

não deixar claro os rumos que a empresa ou setor pretende seguir para toda a equipe. É preciso mostrar para cada empregado qual o seu papel naquele projeto e como ele pode cooperar para o sucesso das atividades;

 

não atribuir metas aos setores operacionais. Eles são prestadores de serviços internos, e a qualidade dos seus serviços deve ser a mesma da que é oferecida para o público externo. A participação do backoffice nos resultados gerais é enorme;

 

não adequar o capital de giro às expectativas de aumento ou redução do volume de vendas. Na hipótese das vendas crescerem, a empresa pode ficar sem recursos para pagar os fornecedores até o dia de receber dos clientes, levando à situação de tomar empréstimos de emergência, geralmente com taxas de juros bastante elevadas.

 

Esteja atento a cada etapa do planejamento estratégico anual, desde a coleta de dados até a aprovação pelos donos e/ou diretores. O tempo destinado ao planejamento é economizado posteriormente, caso seja necessária à adoção de medidas corretivas! Você, gestor ou empreendedor, participe ativamente dessa atividade. Os resultados, em performance, serão certamente colhidos no futuro!

 

 

 

Guilherme Erlê é economista pela PUC Minas, especialista em finanças pela Fundação Dom Cabral e mestre pela PUC Minas, onde desenvolveu pesquisa em finanças e governança corporativa, mercado de capitais e custo de capital de empresas. Possui experiência no segmento financeiro, onde atuou em algumas empresas de grande porte do setor. No segmento industrial, nos últimos anos, atuou com pesquisa e consultoria em gestão da inovação.

Faça parte da nossa lista VIP
Inscreva-se e receba gratuitamente dicas e artigos importantes sobre empreendedorismo e finanças.
Nós respeitamos sua privacidade. Também não gostamos de SPAM.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *